Em pleno século XXI, com o acesso que diversas pessoas têm à tecnologia e a informação, ainda surge uma dúvida comum: Como podemos aprender mais e melhor?
Professores e mestres já notaram que as pessoas estão cada vez mais dispersas e que apresentam cada vez mais dificuldades em relembrar ou reter o conhecimento adquirido. Isso gera impactos na educação e no treinamento de adultos.
A dispersão e falta de meios concretos para se aprender também geram impactos no mundo corporativo, afinal, os colaboradores não se atualizam e se mostram muitas vezes pouco propensos a se engajarem em treinamentos e outras iniciativas da empresa.
Por isso, você deve ficar atento à maneira que você, ou que pessoas do seu meio, promovem a capacidade de potencializar novos conhecimentos.
Sem metodologias mais modernas e sem o autoconhecimento, muitos continuarão a esquecer dos conteúdos, e assim cursos e treinamentos poderão ter resultados abaixo do satisfatório.
Hoje você vai ler nesse artigo sobre:
- A importância da agilidade de aprendizagem;
- Alguns métodos para melhorar a forma que aprendemos e memorizamos coisas novas;
- Entender mais sobre Lifelong Learning;
- Como o profissional de RH pode incentivar o desenvolvimento de suas equipes e colaboradores.
Antes de começar a apresentar esses pontos, vamos responder uma pergunta essencial.
Por que precisamos aprender a aprender?
O assunto pode parecer trivial, mas em nenhum momento de nossas infâncias é atribuído a algum professor ou mentor a tarefa de explicar como se aprende.
Isso resulta em métodos que promovem bastante atrito com a personalidade de cada indivíduo, que muitas vezes possuem uma forma particular de aprender e de se desenvolver como pessoa.
Um outro motivo é que o mundo está se desenvolvendo bastante graças à tecnologia. Uma geração altamente estimulada por eletrônicos, computadores e aplicativos, acaba se distanciando das teorias e formas de aprender que muitos de nós tivemos contato na escola.
Por isso, o assunto se torna necessário para profissionais de educação e também profissionais que promovem o desenvolvimento de pessoas e no mundo profissional.
A agilidade de aprendizagem: Como formar pessoas preparadas para nosso mundo
Ser ágil na hora de aprender é uma habilidade importante em todas as idades. Para quem não é um adulto, ela facilita na hora de se desenvolver como pessoa e de evitar transtornos e dificuldades. Na fase adulta, possuir agilidade de aprendizagem permite que você encare de maneira rápida e prática os problemas do dia a dia, e que seja flexível a mudanças e novas práticas.
Uma pessoa que aprende rápido, apresenta a tomada de decisões se torna mais rápida e mais proveitosa, enquanto o contrário pode surtir efeitos lentos e pouco eficazes em nosso mundo VUCA, onde predominam a complexidade e a incerteza.
Mas para conquistar essa habilidade, a pessoa deve ter autoconhecimento e aperfeiçoar suas formas de aprendizagem, que é o objetivo do artigo de hoje.
Veja aqui as 4 características de quem tem agilidade de aprendizagem.
Falando de alguns métodos inovadores de fácil aprendizado
Barbara Oakley, professora universitária nos Estados Unidos, publicou um famoso livro chamado Learning How to Learn ou Aprendendo a Aprender, na versão em português. O livro posteriormente tornou-se um curso na plataforma Coursera (em português aqui). Barbara explica de maneira objetiva algumas técnicas para que possamos aprender muito mais fácil e rapidamente, acessar a memória da melhor maneira possível e lidar com procrastinação e outros sabotadores.
O primeiro conceito nos ensina a diferença entre as duas maneiras que nosso cérebro funciona: o focado e o difuso.
A professora explica que em muitas tarefas acessamos nossas memórias de maneira focada – onde as informações são velhas conhecidas – e em outras ativamos o modo difuso, que busca informações pelo cérebro de maneira a explorar diversas configurações e conhecimentos que já possuímos, buscando combinar referências; e por isso, é a maneira mais lenta de se chegar a resultados.
Ao saber disso, devemos entender que na hora que estamos aprendendo ou até mesmo trabalhando em algo, nosso cérebro usa somente uma dessas opções por vez. Mas é por meio de ambos, que alcançamos respostas complexas!
Logo, o segredo estaria em dar tempo ao cérebro para que ele consiga assimilar as informações que queremos extrair dele. Mas para isso funcionar bem na hora da aprendizagem, caberia ao indivíduo tornar essas redes neurais fortes. Como? Acessando elas com recorrência, e dando tempo de descanso ao cérebro na hora dos estudos – basicamente, não forçar 8 horas de estudos antes da prova.
É na prática que se aprende
Uma teoria que foi desenvolvida por William Glasser e outros estudiosos de seu tempo, foi a pirâmide da aprendizagem.
Segundo essa teoria, o indivíduo aprende melhor quando passa o conhecimento para outras pessoas e quando discute e pratica o conhecimento.
Nota: Os números são apenas simbólicos, podendo diferir de uma pessoa a outra. Eles servem para termos uma ideia de como atitudes práticas como conversas e exercícios estimulam a retenção da informação.
Isso se deve ao fato de que quando estamos ensinando ou falando sobre o assunto para outras pessoas, acabamos botando em prática o assunto de uma maneira diferente. Assumimos uma posição ativa e não passiva de assimilar o conteúdo estudado.
O indivíduo percebe que ele mesmo é a chave para o seu conhecimento e deixa de ter somente atitudes passivas quanto ao seu ensino (ler ou ouvir o professor); resultando em maior agilidade de aprendizagem.
O aluno começa então a se interessar por grupos de estudos e por meios práticos de desenvolver o que é ensinado – como normalmente é visto por aqueles que aprendem novos idiomas.
Como aprender no mundo corporativo?
Quando falamos de crianças, falamos de pedagogia, mas quando o assunto são os adultos, mudamos o foco para a Andragogia, a arte ou ciência de orientar adultos a aprender.
Para que a educação faça sentido para um adulto, as vantagens de se aprender a matéria ou desafio em questão devem ser óbvias e específicas desde o início, pois do contrário, a pessoa pode não se interessar pela aula e pelos treinamentos.
Cabe ao instrutor ou responsável dos treinamentos colocar, na primeira aula ou encontro, o que a pessoa vai obter em saber aquele conhecimento. Adultos necessitam colocar ou visualizar de maneira prática as aulas e os ensinamentos, pois sua capacidade de memorização é mais turbulenta se comparada a de um adolescente de 14 anos.
Por isso, dê atenção na maneira que você busca passar os ensinamentos adiante e como motivará os alunos a praticarem esses conhecimentos.
Na Tamboro, usamos atividades colaborativas e cases relacionadas ao contexto dos participantes, para otimizar a aprendizagem de modo prático. Conheça nossas soluções aqui.
Se for trabalhar com adultos, os objetivos devem ser claros e responder às necessidades que eles possuem, como por exemplo: necessidade de aprender uma nova ferramenta de trabalho, necessidade de se manterem produtivos, e meios de melhorar vendas e argumentação.
Habilidades geralmente associadas às fragilidades que a pessoa sabe que possui desencadeiam a vontade de aprender e de se aprimorar do indivíduo. O interesse deve ser inerente à pessoa, pois a obrigação do ato de aprender gera na maioria das vezes desinteresse e falta de engajamento.
Tornando a aprendizagem um hábito
Quando você torna os estudos e o ato de adquirir novas habilidades algo constante, você se torna uma pessoa altamente capaz para o mercado de trabalho que conhecemos.
Ser um Lifelong Learner é de extrema importância nos dias de hoje, pois a pessoa escapa de cair na irrelevância em sua área de atuação, e se mantém atualizada para exercer diversas atividades – além de poder aprimorar sua inteligência emocional.
(Falamos sobre Lifelong Learning neste texto).
Para você se tornar uma pessoa que vai transformar a aprendizagem em um hábito produtivo em sua vida, você deverá ler/estudar sobre:
- Técnicas de foco, concentração e meditação;
- Como se tornar um autodidata (ou adepto do estudo autodirigido);
- Usar da tecnologia, principalmente da educação a distância (EAD);
E falando nisso, vamos falar sobre o estudo autodirigido no próximo tópico.
Troca de experiências e a criação de redes
Para Alex Bretas uma figura nacional quando o assunto é aprendizagem autodirigida, uma das melhores maneiras de promover uma educação do futuro é por meio da criação de redes. Por meio da diversidade de pessoas e experiências, umas aprendem com as outras. E ao se conectar com essas redes – formadas por aqueles que também estudam e possuem interesse em um assunto em questão – você acaba promovendo o compartilhamento do conhecimento.
Há também envolvidos no processo de aprendizagem, a empolgação daqueles que participam desses projetos, e também o amor a novas experiências – o que inclui conhecer estrangeiros e pessoas muito diferentes do seu meio casual.
Sem esses elementos, as pessoas não associariam a educação a uma experiência prazerosa e recompensadora.
A metodologia da aprendizagem autodirigida é complexa, mas rica em fundamentos explorados em diversos países do mundo. Ela combina com globalização e ideias disruptivas.
Aplicando a agilidade de aprendizagem à sua empresa ou ambiente de trabalho
Se uma pessoa que possui agilidade na hora de aprender é uma peça fundamental em qualquer equipe, imagine ter um time onde todos conseguem aprender e melhorar seus conhecimentos em uma velocidade acima da média!
Algumas metodologias, associadas a treinamentos corporativos, conseguem criar incentivos suficientes para que os colaboradores criem um ambiente que promova o crescimento de novas ideias e novas habilidades.
Nesse tipo de empresa, aprender se torna uma atividade que todos desejam participar!
Mas isso não é uma realidade impossível: A Tamboro desenvolve treinamentos para que sua equipe possa ter resultados excelentes com metodologia única, plataforma gamificada e colaborativa e suporte da equipe de arquitetura de aprendizagem. Quer conhecer mais? Vem conversar com a gente!