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A máquina e eu: um relacionamento que pode dar certo

 

As máquinas estão cada vez mais inseridas em nosso cotidiano – nos processos de produção de praticamente todos os produtos que consumimos, na colheita da comida que chega à nossa mesa, e até no atendente que tira nossas dúvidas ou faz cobranças virtualmente.

A automação de muitos os trabalhos que conhecíamos e conhecemos hoje já é uma realidade, mas, segundo especialistas, não há com o que se preocupar se você souber se preparar para as mudanças. “É uma oportunidade para as pessoas saírem de funções mais operacionais e repetitivas e migrarem para trabalhos nos quais vão exercer o poder do seu cérebro e todo seu potencial de outra forma. Isto é um benefício, um ganho e tanto”, explica a master coach Liamar Fernandes, da Sociedade Brasileira de Coaching.

Para os pesquisadores da Universidade Corporativa da consultoria Deloitte, a automação pode ter um impacto positivo na produtividade se o funcionário for envolvido nessa mudança. Um dos motivos é que, durante o processo de adaptação da nova dinâmica de trabalho, o colaborador ficará mais próximo dos valores da empresa.

No relatório publicado por eles, baseado em estudos da Universidade de Oxford e no banco de dados de trabalho O*Net, a maioria das empresas (77%), declarou que não pretende reduzir o número de empregos, mas reformular os postos de trabalhos ou capacitar as pessoas para usar as novas tecnologias incorporadas ao dia a dia da empresa, com o objetivo de tirar proveito das habilidades essencialmente humanas que só elas podem oferecer.

De olho nas mudanças

A realidade é que as empresas ao redor do mundo estão, de fato, fazendo progressos significativos na automação dos postos de trabalho e na implantação de sistemas de Inteligência Artificial. Segundo um estudo da Deloitte, 41% das empresas consultadas revelaram já usar esses recursos de forma integral ou relevante dentro da sua força de trabalho – e outras 34% já estão com programas-piloto. Apesar disso, a mesma pesquisa mostra que apenas 17% dos executivos globais se veem preparados para administrar um quadro de “funcionários” que reúne robôs, Inteligência Artificial e pessoas, lado a lado.

Para Liamar, o profissional deve ficar atento às mudanças e tentar enxergar a situação como uma chance de desenvolvimento. “O colaborador deve ter flexibilidade, uma competência bastante interessante, ser adaptável a mudanças, aberto para o novo, ter a capacidade de aprender e ter iniciativa”, explica.

Por parte das empresas, segundo a master coach, deve haver planejamento e a criação de uma área de treinamento e desenvolvimento, no qual os funcionários possam se preparar para os desafios do mercado atual e do futuro. “É preciso dar treinamentos nos quais o colaborador vai exercitar o poder mental dele e prepará-lo para a tecnologia”, completa. Para os especialistas, em um mundo em constantes transformações, uma coisa é certa: o futuro não será de máquinas X pessoas, mas de máquinas E pessoas.

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