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Gamificação: como melhorar o engajamento nos treinamentos corporativos

Nós sabemos que muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para engajar as equipes durante os treinamentos, principalmente quando são feitas presencialmente, da maneira clássica – um educador e alguns alunos na sala de aula.

É por isso que existem alternativas para o treinamento de equipes e de seu engajamento.

Com as técnicas de gamificação (neologismo derivado do termo em inglês Gamification), as atividades corporativas e treinamentos podem ser mais motivantes, pois entramos em uma situação de jogo, com desafios e atividades empolgantes.

Segundo uma pesquisa da Talent LMS, quando o assunto é treinamento corporativo, 83% das pessoas ficam motivadas quando existem elementos de gamificação.

Já em situações onde não havia a gamificação, esse número caia para menos de 30%, o que acabava revelando como a falta desses elementos de jogo poderiam afetar a produtividade dos colaboradores.

Por isso vamos falar hoje de como funciona a gamificação e de como ela pode despertar o interesse de seus colaboradores em atividades que antes seriam consideradas entediantes.

Gamificação, o que é?

A gamificação (Ludificação, em termos lusitanos) consiste em técnicas e estratégias usadas em design de games e jogos – tanto de tabuleiro quanto jogos digitais – que são então levadas para o uso em ambientes fora de jogo e de diversão.

Com a gamificação, é possível aumentar o engajamento de equipes e ampliar seu foco em diversas atividades. A evolução se torna mais rápida, e os feedbacks constantes permitem que as pessoas permaneçam mais tempo naquela atividade.

Por isso muitos estudos exploram a aplicação dessas estratégias na educação (métodos de ensino) e em atividades corporativas, dando base para a ampliação de técnicas e criação de aplicativos nesse universo. O principal objetivo de gamificar uma atividade é estimular a participação de quem está envolvido, instigando algumas características inerentes do ser humano, como a cooperação e a busca por melhores resultados, o que resulta em competição e desenvolvimento pessoal.

Algumas formas de usar a gamificação são: competições de vendas, pontuações de performance, jogos para treinamentos e criação de rankings e prêmios para manter o interesse das pessoas em crescer e ganhar recompensas e outros tipos de vantagens (falaremos disso em um capítulo posterior).

Antes de mais nada, é importante falarmos sobre os fatores principais da gamificação.

Orientação clara ao objetivo

Quando transformamos a ideia central dos jogos em formas de evoluir a maneira que enxergamos tarefas rotineiras, conseguimos dar mais significado às ações do time e as pessoas começam a dar mais importância a essas pequenas tarefas.

Elementos como rankings, pontos e missões, deixam os objetivos mais claros para os times.  A “situação de jogo” oferece incentivos para que as equipes se sintam empolgadas para realizar uma ação ou progredir com uma tarefa.

Esse cenário permite que o colaborador esteja mais ciente de seu atual estágio. Suas capacidades serão testadas e ele celebrará suas pequenas vitórias diárias. Além disso, os “jogadores” começam então a observar novas soluções para demandas do mundo real, em seu trabalho. E as situações de jogo acabam por incentivar a criatividade dos envolvidos.

Jornada do jogador

Mas o que está por trás desse ímpeto e paixão por desafios e o que motiva as pessoas  a permanecerem  em certos jogos?

A interação de uma pessoa com um produto está em constante evolução. O motivo pelo qual uma pessoa está usando um produto inicialmente é geralmente muito diferente do motivo pelo qual ela está usando após algumas semanas – o objetivo a cumprir pode ser diferente e até mesmo os recursos usados são diferentes.

Por meio de estudos e pesquisas, condensou-se uma possível jornada dos jogadores, que também está associada ao que deve ser entregue em cada etapa. É possível traçar um paralelo sobre como não deixar as pessoas desanimadas com seus trabalhos ou atividades.

Entender essas fases e estudá-las a fundo para o seu contexto, faz com que você implemente estratégias bem sucedidas de gamificação em sua empresa.

Existe equilíbrio entre fazer tarefas e desafios muito fáceis ou muito difíceis. E o segredo de bons jogos estão associados a isso, e claro, à possibilidade da exploração “do mapa”.

Explorando o mundo virtual

Em jogos eletrônicos é normal existir a possibilidade de explorar “o mundo”, dando um toque de autonomia para o indivíduo. É muito comum usar o storytelling, ou seja, técnicas de narração que encantam e envolvem os usuários.

Essa exploração entrega a sensação de pertencer a algo maior e, se for algo colaborativo, entrega também a possibilidade de trabalho em equipe (frequente em jogos e soluções online).

Se sua estratégia de gamificação consegue trazer essa possibilidade, a chance de reter a atenção e até mesmo o carinho da pessoa pelo jogo/história, é muito maior.

Gamificação como suporte educacional

Existe um desafio na área de educação, quando se trata de engajar os jovens e crianças a prestarem mais atenção nas aulas e a aprenderem. Métodos tradicionais geralmente não estimulam o protagonismo e autonomia, e  por isso existe uma demanda por novas estratégias para manter os jovens engajados em suas aulas e matérias, que perdem cada vez mais espaço para a tecnologia e redes sociais.

O mesmo vale para os adultos.

Muitas vezes, eles não conseguem combinar suas rotinas aos horários e dinâmicas de salas de aula e de treinamentos (feitos na empresa ou não).

Graças a diversos estímulos e diferentes lugares que exigem seu foco e atenção, eles acabam se sentindo perdidos quando se trata de novas exigências do mercado e novos temas para aprender. 

Qual uma possível saída para isso?

Tornar a gamificação uma ferramenta que apoie a sua construção de tarefas, jornadas diárias e do design de produtos – que acaba incluindo a educação.

Quem fala muito bem disso é Yu-kai Chou, especialista em Gamificação, nesse vídeo:

O que faz um jogo ser interessante?

Provavelmente o que se destaca é a possibilidade de descobertas, principalmente quando estão associadas a possibilidade de escolhas, o que integra a autonomia do usuário.

Muitas vezes as pessoas adotam atitudes passivas perante a educação e frequentemente acham suas aulas e matérias entediantes. Mas a possibilidade de interação e de pequenas jornadas de jogos, pode acabar de vez com isso.

Quando o indivíduo assume a possibilidade de escolhas – que são os avatares, escolhas de caminhos e de opções no jogo – ele sente que faz parte de algo importante e que, sem suas ações, o resultado final não será alcançado nem por ele e nem pela equipe.

Com o uso de gamificação, atividades como a aprendizagem se tornam um desafio prático e prazeroso do ponto de vista dos alunos.

Elementos indispensáveis no seu jogo

Quando é implementado uma estratégia de gamificação, seja em um ambiente empresarial ou educacional, existem elementos que sempre são colocados de alguma maneira na solução escolhida, para o estado de jogo.

  1. Badges/insígnias/troféus – são as conquistas adquiridas ao longo da jornada, mostrando para outras pessoas o que você conquistou;
  2. Leaderboards ou ranking – Através dele temos os recordes e as pessoas que ficam no topo, que pode gerar admiração e competição entre as pessoas;
  3. Pontos / moedas – elementos que medem o progresso. 
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Não dá para imaginar um cenário de games e jogos em que não exista as conquistas e os rankings de pontuação. Na falta de algum desses elementos, os prêmios e outros itens adquiridos são fortes estimulantes para continuar no jogo, sempre evoluindo.

No caso da educação, é importante ter em mente que os estímulos corretos fazem com que o jogador (ou aluno) mantenha seu interesse na aula e no progresso da aprendizagem.

Do contrário, seu celular ou computador poderá ser mais interessante que a aula que está sendo apresentada.

A motivação com a Gamificação

Um dos motivos de jogos serem tão populares e enraizados na sociedade e na cultura há séculos, é o fator da sorte e da surpresa. Quando se trata de jogos e do estado de jogo, o indivíduo possui a esperança de obter ótimos resultados e até prêmios. Vencer e obter recompensas é, por si só, um grande motivador universal.

Lembre-se que existem 2 tipos de motivações: As internas (intrínsecas) e externas (extrínsecas). Ambas são usadas na gamificação.

As motivações internas se relacionam às emoções e objetivos pessoais do indivíduo. São esses os verdadeiros motores para que as pessoas dêem o melhor de si todos os dias, e sigam um objetivo/meta definida em suas vidas.

Desenvolvimento pessoal está muito atrelado às motivações intrínsecas, que são reforçadas por meio da gamificação, deixando o atingimento de objetivos mais claros. Afinal, a pessoa se desenvolve para o mundo dentro e fora de seu trabalho.

Para outras pessoas, o importante são as motivações externas. Essas motivações se associam ao ambiente e a prêmios tangíveis.

Quando comparado ao treinamento não gamificado, a gamificação aumenta a motivação para aprender e diminui o tédio e a improdutividade.

Para aproveitar o melhor da gamificação, é necessário planejar tipos diferentes de recompensas que possam dar apoio às necessidades de motivação dos indivíduos. 

A premiação financeira pode ser importante ou até complementar a um prêmio em sua estratégia de treinamento e capacitação. Porém outras premiações tangíveis também podem ser motivadoras. Equipes inteiras terão um enorme prazer em serem os primeiros colocados em uma competição e poderem participar de um evento exclusivo pela empresa; ou de obterem ingressos para um filme ou evento. Os prêmios podem ser também digitais: um e-book, participação em uma live, pôsteres e certificados, são exemplos.

O reconhecimento público funciona muito bem em alguns contextos. Receber os parabéns do chefe ou compartilhar seu certificado (ou fotos da premiação) no LinkedIn podem se tornar verdadeiros estímulos para algumas pessoas na hora de participar de treinamentos e “missões” em grupos.

A dica da Tamboro é: Faça uma pesquisa antes de selecionar os prêmios finais. Cada tipo de empresa e setor possui características próprias. Uma empresa/equipe de TI pode ter preferência a premiações geek, por exemplo. 

Transmitir valores e a cultura organizacional

Os jogos e estruturas de gamification não servem somente para aumentar a produtividade dos times e de aumentar o empenho em treinamentos.

É possível transmitir as ideias e valores de sua empresa usando o universo dos jogos e dos passatempos.

Nessa realidade virtual, os colaboradores se sentem mais entusiasmados e confortáveis a participarem de treinamentos, mini workshops, informativos e processos de onboarding, os quais antes eram apenas textos enviados por e-mail ou feitos de forma presencial e custosa. E nós sabemos que normalmente, a aderência dessas “circulares” é baixa. 

👉Leia mais sobre cultura organizacional aqui.

Usando jogos e plataformas online, é possível descobrir também sobre o clima organizacional e desenvolver pesquisas internas. Tudo através de jogos divertidos e descontraídos.

Agora vamos explicar algumas maneiras de implementar essas estratégias e ferramentas em sua empresa.

Como implementar ferramentas de gamificação em sua empresa

Existem alguns passos na hora de implementar essas rotinas e situações de jogo em sua equipe/empresa:

  1. Identifique o que você quer aprimorar;
  2. Defina seu objetivo;
  3. Aplicar a gamificação de acordo com as características da equipe, adaptando as recompensas e o objetivo;
  4. Crie mecanismos de feedback e melhoria contínua.

Antes de adotar qualquer ferramenta, aplicativo ou método, é importante saber quais são os problemas a serem resolvidos.

Na hora de falar com um consultor de soluções de gamificação, explique sua maior dor e necessidade e qual seu cenário atual com treinamentos corporativos e processos de melhoria na cultura organizacional.

Feedback sempre!

Como os jogos possuem resultados praticamente instantâneos, fica mais fácil acompanhar sua própria evolução.

Além disso, o profissional de RH consegue acompanhar o andamento dos colaboradores e sua participação nos jogos e tarefas de equipe, analisando os dados de engajamento, progresso dos colaboradores, ritmo de progressão, proficiência e outros. 

Quanto mais dados você tiver para analisar a eficácia da sua estratégia, mais fácil será realizar adaptações e responder rapidamente aos desafios de engajamento da equipe.

Para quem é novo na empresa, as metas e valores da organização se tornam visíveis, junto a um caminho mais descomplicado para fazê-los. Pessoas sem feedback ficam perdidas e desestimuladas.

E quando o assunto é ensino e desenvolvimento pessoal dentro da equipe, o feedback constante torna mais fácil o processo em que o colaborador se auto corrige e busca aprimorar seus pontos fracos, para melhorar suas entregas e conhecimentos.

A gamificação pode ser uma realidade em sua equipe

Que tal aprimorar os processos de treinamento em sua empresa? Com a Tamboro você pode realizar treinamentos interessantes e gamificados, além de acompanhar todos os dados de engajamento e proficiência dos colaboradores. Conheça nossa solução!

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