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Habilidades necessárias para garantir a sobrevivência no mercado de trabalho

Provavelmente você se lembra de algum trabalho que não é mais executado da mesma maneira ou uma função profissional que sequer ainda existe… Pois esse é um movimento, que vem acontecendo cada vez mais rápido, de mudanças profundas no mercado de trabalho devido ao impacto de novas tecnologias.

Uma pesquisa recente da consultoria empresarial norte-americana Mckinsey sobre mercado de trabalho mostra como as atividades profissionais e as habilidades exigidas por elas serão afetadas pela automação e uso de Inteligência Artificial nos próximos anos.

Chamada de “Reorientação das habilidades: automação e o futuro da força de trabalho” (Skill shift: automation and the future of the workforce), ela revela que as habilidades cognitivas básicas – como processamento de dados e comunicação –, e as físicas e manuais terão sua demanda diminuída. O estudo dividiu as habilidades em cinco grupos diferentes, e contabilizou as horas de trabalho das atividades baseadas em cada um deles para examinar o que deve mudar daqui a pouco mais de uma década.

As funções físicas e manuais (como os de motoristas, seguranças e eletricistas), por exemplo, sofrerão uma baixa de 11% nas horas trabalhadas em 2030, em relação 90 bilhões de horas trabalhadas em 2016 nos Estados Unidos (EUA); e de 16% sobre os 130 bilhões de horas gastas com estas tarefas na Europa Ocidental. Essa continuará sendo a maior força de trabalho em muitos países, somando o total de 25% das horas trabalhadas, mas outros grupos de competências serão mais exigidos e o número de horas de trabalho dedicadas a eles crescerão até 2030.

Segundo o relatório, as empresas precisarão se adaptar a essas transformações nas habilidades necessárias para as novas funções, ao mesmo tempo em que realizam suas próprias mudanças organizacionais. A tendência é valorizar o aprendizado e treinamento contínuo dos colaboradores, e investir no trabalho multifuncional e baseado em equipes.

As habilidades que vão manter os trabalhadores no jogo

O estudo da Mckinsey também aponta os três grupos de habilidades que os profissionais precisam desenvolver para se manterem relevantes até 2030:

  1. Cognitivas superiores: são as habilidades que envolvem alfabetização e redação avançadas, estatísticas, processamento e resolução de problemas complexos, além de pensamento crítico. Nesse grupo, a demanda por criatividade, em especial, deve crescer 30% nos EUA, e 40% na Europa, em relação a 2016.

 

Carreiras que precisam ficar de olho: profissionais como médicos, pesquisadores, escritores e contadores precisam dominar essas competências, porque elas serão ainda mais exigidas no futuro próximo.

  1. Sociais e emocionais: as chamadas soft skills incluem comunicação, negociação, empatia, capacidade de adaptação, de aprendizagem e de gerenciamento de pessoas, muito ligadas à inteligência emocional.  Nos EUA, a demanda por essas habilidades deve crescer 26% em 2030 em relação aos 52 bilhões de horas em 2016, e na Europa Ocidental também 26%, mas sobre 67 bilhões.

 

Carreiras que precisam ficar de olho: profissionais que trabalham com programação, desenvolvimento de negócios e aconselhamento são funções com grande uso dessas habilidades.

  1. Tecnológicas: abrange as habilidades relacionadas ao uso de tecnologias modernas. As atividades baseadas nessas competências, segundo o relatório, provavelmente serão as mais bem pagas ao longo dos anos – além de serem as que mais irão crescer.

 

Carreiras que precisam ficar de olho: profissionais que trabalham com TI, análise de dados, engenharia e pesquisa, desenvolvimento de software, robótica e engenharia devem devem aprimorar ao máximo suas habilidades tecnológicas se quiserem se manter relevantes no mercado de trabalho do futuro.

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