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As profissões que vão dar o que falar nos próximos anos

Sistemas robóticos substituindo mão de obra humana, atendimento ao consumidor realizado com programas de Inteligência Artificial e outros cenários que pareciam distantes em algumas previsões hoje são realidade. Uma pesquisa de 2016 da consultoria McKinsey mostra que, com as tecnologias disponíveis atualmente, 45% das atividades pelas quais pessoas são remuneradas já podem ser completamente automatizadas. Além disso, 6 em cada 10 ocupações analisadas tem capacidade de ter 30% ou mais de suas tarefas substituídas por sistemas tecnológicos já existentes.

E tem mais: o estudo “O futuro do trabalho”, do Fórum Econômico Mundial aponta que 65% das crianças que ainda estão começando o ensino básico terão empregos que ainda nem existem. “O Fórum Econômico aponta uma mudança que já estamos vivendo no mercado de trabalho, mas teremos diversas vagas diferentes ainda a serem criadas, principalmente na área da saúde e de segurança”, explica a professora Sylvia Ignácio da Costa, coordenadora dos cursos de Gestão da Qualidade, Recursos Humanos e Processos Gerenciais da Universidade Anhembi Morumbi.

Segundo a especialista, enquanto os trabalhos repetitivos serão automatizados, outras funções serão criadas ou reinventadas. “Para estas, será necessário entender que as pessoas deverão ser o principal capital das empresas”, comenta.

Duas grandes áreas ganharão ainda mais destaque nos próximos anos: tecnologia e saúde. Veja a seguir algumas profissões ligadas a estes setores que estarão em alta:

Computação e dados

Não é surpresa que uma das áreas apontadas pelo relatório “O futuro do trabalho”, do Fórum Econômico Mundial, como uma das que mais cresce e que promete estar entre as profissões mais importantes no futuro seja a dos cientistas de dados.

Isso acontece porque, com a internet, são coletados dados em praticamente todas as nossas atividades como sociedade – na Saúde, no Governo, nas indústrias e nas corporações. E o mercado precisa de profissionais que saibam como gerenciar e interpretar essas informações que valem cada vez mais dinheiro. Para isso, eles necessitam de visão analítica das situações e habilidades técnicas de programação e estatística.

Saúde e estilo de vida

Se por um lado temos as profissões que vão lidar diretamente com a manutenção e desenvolvimento da tecnologia em si, de outro teremos aquelas que se relacionam à saúde e à qualidade de vida. Nesse sentido, o estudo do Fórum Econômico Mundial aponta para a importância dos assistentes de enfermagem; enquanto a consultoria americana Challenger, Gray & Christmas, que previu os setores de trabalho mais interessantes de 2018 a 2025, incluiu os treinadores atléticos e fisioterapeutas, na medida em que o envelhecimento da população e a busca por um estilo de vida mais saudável tornam o cuidado com o físico prioridade entre as diferentes gerações.

Algumas carreiras que sequer existem no Brasil ou ainda são muito raras por aqui, como a de planejador de fim de vida – alguém que cuida dos detalhes do período final da existência de outra pessoa, incluindo seu funeral – e especialista em saúde remota, também são apontadas como bons investimentos de carreira por futuristas – profissionais que pesquisam e pensam o futuro – consultados pela revista americana “Fast Company”, em artigo deste ano.

Enquanto o primeiro dá conselhos financeiros e sociais aos idosos, o segundo une duas tendências: a tecnologia e a preocupação com a saúde em uma sociedade com pessoas vivendo cada vez mais. O especialista em saúde remota é responsável pelo desenvolvimento de dispositivos e sistemas que auxiliem o atendimento de problemas de saúde de forma virtual e à distância.

Na mesma linha, Sylvia destaca a função de analista de qualidade de vida, responsável por melhorar as condições de saúde de trabalhadores, por exemplo, e os técnicos em equipamentos médicos. “A medicina está passando por uma revolução, então, vai exigir profissionais com habilidades para lidar com equipamentos diferenciados. As pessoas terão de aprender a usar a tecnologia de modo que ela complemente suas competências e resolva problemas”, conclui Sylvia.

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