Zygmunt Bauman, um dos grandes filósofos do mundo contemporâneo lança mão do conceito modernidade líquida para narrar a rapidez e fluidez de forma imprevisível às constantes mudanças das relações humanas.
Na sociedade atual, essa efemeridade reflete e pode ser observada nas novas tecnologias da informação e comunicação. No mercado de trabalho, a entrada da tecnologia acelerou, ainda mais, processo de transformação deste segmento.
Habilidades e competências que antes eram valorizadas nas profissões foram substituídas por outras que atendem às demandas do século 21. Hoje, as pessoas precisam desenvolver e, principalmente, monitorar uma série de requisitos se quiserem se destacar tanto na vida profissional quanto em suas decisões pessoais – de forma que se sintam plenas.
Essa é uma necessidade crescente na sociedade. Pesquisa da consultoria ManPower Group mostra que quase metade das empresas (45%) tem dificuldade para encontrar profissionais com habilidades desejadas pelo negócio. Entre as grandes corporações, com mais de 250 colaboradores, o indicador é ainda maior: 67%. É o maior número já visto em 12 edições da pesquisa anual.
Esse processo nada mais é do que o conhecimento que cada indivíduo deve ter dele mesmo. É preciso saber com clareza quais as habilidades que já estão desenvolvidas e quais deverão ser trabalhadas com mais frequência. Quando este retrato estiver completo, com a identificação de suas principais forças e o mapeamento das limitações, a pessoa estará mais preparada para encarar qualquer tipo de desafio e, principalmente, terá mais chances de se envolver com aquilo que realmente quer e deseja – enquanto que as demais terão que testar e experimentar ao longo do caminho – gastando tempo, energia e disposição.
Para isso, é ideal montar um plano de desenvolvimento para cada uma das habilidades que você identifica como essenciais para a sua trajetória, como comunicação, negociação, criatividade, entre outras. A tecnologia pode ajudar nessa análise, permitindo a leitura de dados mais ricos sobre cada uma dessas competências. Depois, quando começar a trilhar sua jornada de conhecimento, revisite o ponto de partida para ver o quanto você melhorou e o que ainda tem a avançar. É um processo contínuo, inspirado no conceito lifelong learning, com a inclusão de novos temas e saberes que irão incrementar ainda mais a sua formação.
O mercado de trabalho pede, cada vez mais, colaboradores que enxerguem além de suas tarefas e métodos. Fazer o que sabe é bom, sem dúvida, mas o perfil do século 21 exige não só pessoas compromissadas, mas também engajadas em resolver problemas e melhorar a vida de todo o mundo. É preciso ir além da automatização – e isso só será possível quando estiver claro em nossa mente as competências que nos caracterizam como humanos criativos, em constante desenvolvimento, e perseverantes.