A Tamboro é um negócio de impacto social, uma startup fundada por duas mulheres, Samara e Maíra, a partir de um grupo de estudos sobre educação e inovação, que buscava saber mais sobre as principais tendências ligadas à aprendizagem, comunicação e tecnologia no mundo. Com uma experiência acumulada de 10 anos na área de educação e inovação, tomaram coragem e deram o salto empreendendo com a Tamboro para, através de uma educação de qualidade, contemporânea e inovadora, usar a tecnologia para romper barreiras, democratizando o acesso, chegando aos lugares mais distantes, com a intenção de contribuir com a melhoria da qualidade da educação no Brasil.
As fundadoras da Tamboro são um exemplo da participação feminina em ambientes majoritariamente masculinos, uma vez que estão inseridas no universo da tecnologia e, hoje, em especial, conectadas a ambientes corporativos e empresariais. É muito legal realizar que , apesar dos muitos desafios que sabemos existir pela frente, esse cenário está começando a mudar, com o crescente número de mulheres empreendedoras no Brasil. Essa mudança começou depois de anos de lutas políticas e sociais de mulheres, de diferentes raças e orientações, em busca de igualdade.
O dia 8 de março é uma data histórica criada em 1909 para homenagear a luta das mulheres trabalhadoras e a busca por direitos iguais, mas só em 1975 ela foi adotada pelas Nações Unidas. Mesmo assim, as mulheres seguem tendo que lutar por direitos dentro de diversos ambientes sociais e profissionais. A data não deve ser unicamente comemorativa, mas também um lembrete anual deste esforço recorrente por mudança.
Já no Brasil, a luta feminista ganhou força com diversos movimentos que levaram milhares de mulheres às ruas reivindicando direitos sobre sua sexualidade, formação profissional e oportunidades no mercado de trabalho durante a década de 1970. Além de protestar com o alto número de casos de violência contra elas.
O movimento feminista ainda não foi capaz de alcançar a igualdade de gênero, uma vez que um estudo do IBGE mostrou que apenas 54,5% das mulheres acima de 15 anos estão empregadas, já a porcentagem dos homens com mais de 15 anos empregados é de 73,7%. Além disso, a gravidez é um grande empecilho para a mulher dentro do mercado de trabalho, porque 30% das mulheres largam seus empregos para cuidarem dos filhos, em comparação aos 7% dos homens, e há aquelas que são demitidas logo após retornarem da licença maternidade. Não apenas isso, há uma diferença salarial masculina e feminina em que as mulheres ganham cerca de 34% a menos.
Nesse contexto, é grande o número de mulheres com baixa autoestima quando o assunto é independência financeira, e claro, autonomia no mundo do trabalho. A autonomia econômica deve ser um propósito a ser perseguido quando discutimos os aspectos ligados à mulher e ao empreendedorismo feminino. É urgente que tenhamos consciência da relevância da necessidade de termos mais e mais mulheres empreendendo no Brasil Quem sabe este não seja também um caminho para tornar a discussão mais forte, relevante, a ponto de a criar um ambiente social e economicamente propício, para que mais mulheres assumam a posição de fundadoras/co-fundadoras e líderes em empresas, assumindo cargos de tomada de decisão e influência nos negócios.
O mundo sempre foi sustentado por crenças e mentalidades masculinas. Em um ecossistema cheio de conflitos, a guerra, os conhecimentos bélicos, a força bruta e outros valores masculinos são não só valorizados, mas estimados, preservados e protegidos pela sociedade. Consequentemente, anulando a possibilidade de dar voz às mulheres.
A ausência de elementos femininos na política e até mesmo na história, privaram a sociedade de ter momentos de diálogo, escuta e empatia. Essa escassez perpetuou o modelo tradicional, o status quo por gerações e gerações. Muito recentemente, esse processo, de forma ainda tímida, começou a mudar no mundo corporativo, nacional e internacional, colocando na berlinda métodos e formas belicosas, conflituosas e cheias de competição.
Se as mulheres são metade da população e trabalham até mais do que os homens, devido a sua dupla jornada de trabalho, no ambiente profissional e em casa, por que há essa desigualdade?
Essa pergunta deve ser feita todos os dias para que consigamos buscar as múltiplas respostas possíveis para lidar com um problema tão complexo. Como não fazemos nada sozinhas, a Tamboro se une à campanha internacional do Dia da Mulher buscando #BreakTheBias fazendo parte da luta por direitos iguais para todas as mulheres, sem exceção!