O ano de 2018 ainda nem começou, mas já promete boas notícias: as empresas brasileiras devem ampliar o número de funcionários no próximo ano, segundo a pesquisa recém-lançada pela consultoria Deloitte. Ou seja, o mercado de trabalho estará mais aquecido e as chances de contratação devem aumentar. Empresas e profissionais precisam estar atentos às novas oportunidades.
De acordo com o levantamento “Agenda 2018”, 41% das 750 organizações participantes afirmam ter intenção de aumentar o quadro funcional – no ano passado apenas 26% demonstraram essa intenção. Por outro lado, apenas 12% planejam diminuir o quadro, contra 16% em 2017.
A pesquisa aponta também que 45% das empresas pretendem ampliar os treinamentos oferecidos aos colaboradores. Essa tendência de investimento no Treinamento e Desenvolvimento (T&D) dos funcionários foi revelada também pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), no estudo “Panorama do Treinamento no Brasil 2017-2018” – realizado em conjunto com a Integração Escola de Negócios e Consultoria Carvalho & Mello.
O investimento em T&D dos profissionais dentro das empresas em 2017 já foi 21% maior do que no ano passado, ficando em uma média de R$ 788 por funcionário, segundo o relatório da ABTD.
Além de ser um caminho para a empresa se manter competitiva, o treinamento também se mostra uma alternativa para driblar a enorme falta de trabalhadores qualificados no País. A pesquisa da Deloitte aponta que 42% das empresas consultadas consideram substituir funcionários por profissionais mais qualificados.
Transformação digital
Apesar de desconhecerem alguns dos itens perguntados na pesquisa “Agenda 2018”, os gestores entrevistados apontaram que têm interesse em investir, em médio prazo, em tecnologias disruptivas, ou seja, que devem transformar definitivamente o mercado e as habilidades necessárias para, mais do que sobreviver, se destacar nesse novo cenário.
Internet das Coisas (19%), indústria 4.0 (17%) e cyber security (segurança de computadores, redes e dados, com 17%) são os primeiros colocados na lista das tecnologias que devem receber recursos das empresas nos próximos dois anos. Também aparece na relação saúde digital (9%), reforçando Tecnologia e Saúde como as áreas nas quais mais surgem as profissões do futuro, ocupações com potencial de crescimento nos próximos anos.