Se você está ligado nas tendências do mundo do trabalho, é bem provável que já tenha se deparado recentemente com a palavra squad em alguma rede social. Se não sabe o que é, fique atento às próximas linhas, porque os squads são a nova onda nas empresas.
O conceito de squad – ou, em velho e bom português, esquadrão (time de pessoas) – é simples: times multifuncionais, que reúnem profissionais de diferentes áreas da empresa, e que têm independência e autonomia de decisão, com o objetivo de alcançar um resultado específico. Ou seja, em vez de cada área trabalhar uma parte do problema ou projeto, formam-se grupos compostos por um especialista de cada área para trabalharem juntos em uma solução.
Segundo Renato Mendes, professor de Marketing Digital do Insper, mentor Scale Up da Endeavor Brasil e sócio da Organica, as empresas que adotam o modelo ganham agilidade, eficiência e capacidade de adaptação, atingindo melhores resultados que a concorrência.
A metodologia é conhecida principalmente por ser a base da organização interna do Spotify, plataforma de streaming de música, que se tornou uma referência mundial de aplicação dos squads. Geralmente, os pequenos grupos são formados por quatro a seis pessoas e se organizam conforme o objetivo que pretendem atingir – a resolução de algum problema ou um aumento nas vendas de um produto específico, por exemplo.
Para que a ideia funcione, é preciso colaboração. Os membros do time trabalham juntos para cocriar as melhores soluções. Por isso, os squads não costumam ter uma liderança formal – todos os envolvidos podem e devem dar opinião em todas as áreas.
Além disso, apesar de serem formados por profissionais com especialidades distintas, estes grupos não respeitam necessariamente a divisão funcional por departamentos, com a qual as empresas estão acostumadas. “Um squad normalmente é formado por profissionais que saibam trabalhar em equipe, sejam ágeis, entendam a importância da decisão baseada em dados e apostem no modelo de evolução constante do negócio”, comenta Mendes.
O desafio deste novo modelo
Com os colaboradores divididos em squads, a comunicação interna passa a ser uma das prioridades dentro das empresas. Isso porque cada grupo trabalha em um projeto diferente, geralmente com equipes de alta performance, mas precisa se atualizar do que está acontecendo com os outros times para otimizar tempo caso apareça algum erro e seja necessário um replanejamento.
“O ponto de atenção é que os squads se conversem e tenham um alinhamento entre eles para evitar que haja descasamento de objetivos”, explica o professor. Para isso, as empresas usam outras estruturas, chamadas de tribos, que nada mais são que grupos de squads com interesses em comum, e integrantes que funcionam como elos entre esses grupos.
Para Mendes, esse modelo de gestão ágil vem ganhado força nos negócios do país e só tende a crescer no Brasil. “O que antes era restrito a departamento de TI ou a startups, vem ganhando o dia a dia de grandes empresas”, completa.
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