“O propósito é o senso de que fazemos parte de algo superior a nós mesmos, que somos necessários, que temos algo melhor no futuro pelo qual devemos trabalhar. É o que cria a verdadeira felicidade”. Foi assim que o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, definiu o senso de propósito durante seu discurso à turma de formandos ao receber seu diploma honorário na Universidade de Harvard, no ano passado.
O propósito – palavra que está na moda e sempre é citada em casos de profissionais e empreendedores bem-sucedidos, como o próprio Zuckerberg – é subjetivo, diferente para cada pessoa. No trabalho, é a sensação de ver sentido na função que se tem, no que se faz. “É a vida que, para você, vale a pena ser vivida. Cada um tem que encontrar o motivo em que sua vida vale a pena ser vivida. E, dentro desse processo, desconstruir tudo que você absorveu de fora”, explica a especialista em Desenvolvimento Humano Larissa Mungai, uma das criadoras do projeto Moporã, referindo-se aos padrões sociais e de felicidade aos quais somos submetidos.
Mas como descobrir meu propósito de vida?
Esse processo de descoberta é individual e único. Mas normalmente passa por uma pergunta inicial e cinco passos:
A pergunta crucial:
O que me interessa e me toca mais fundo?
Os 5 primeiros passos:
- Tenha consciência dos seus interesses.
- Descubra seus pontos fortes.
- Saiba quais são seus valores.
- Analise seu contexto de vida e o que é possível mudar.
- Reflita sobre o tipo de transformação você está disposto a fazer.
“Não há regras nesse processo de descobrimento. Tudo o que é um propósito de vida já foi um dia um interesse. Um caminho possível é olhar para a faixa etária da nossa vida entre os 14 e 21 anos e buscar na nossa experiência o que chamava mais a nossa atenção, no que voluntariamente colocávamos, e ainda colocamos, mais energia”, propõe.
Assim, é possível começar esse mergulho de autoconhecimento que pode levar não só a uma carreira com mais satisfação, com decisões profissionais mais conscientes dos seus objetivos, mas também a uma vida com mais prazer. Encontrar sentido que se faz traz benefícios para todos os campos da vida. Mas requer algum esforço.
Atenção, criatividade e paciência
Como encontrar o propósito é um procedimento que acontece de dentro para fora, colocá-lo em prática na vida cotidiana é um desafio que exige paciência. “O propósito sem se materializar vira uma frustração muito grande. Então, faz parte desse trabalho viabilizar no mundo formas de exercê-lo. Esse é um processo criativo, às vezes, mais lento do que a própria descoberta”, explica Bruno Hohl, também fundador, ao lado de Larissa, do Moporã, uma plataforma on-line de conteúdos que exploram o autoconhecimento.
Por isso, o especialista recomenda ficar atento a algumas confusões comuns quando se pensa no tema:
Sua atividade profissional não é seu propósito de vida
Propósito não deve ser visto de uma forma estática ou como uma atividade em si, mas sim como algo que evolui junto com você e pode, durante sua trajetória de vida, ser aplicado de diferentes maneiras – inclusive em sua atividade profissional.
Propósito não é sinônimo de salvar o mundo
Em um primeiro momento, ele não está diretamente ligado a ações consideradas extraordinárias e tentativas de “salvar o planeta”. “O propósito sempre nasce de forma egóica, alinhado com seus interesses, seus talentos, aquilo que você acredita. Posteriormente, pode evoluir para algo relacionado ao ato de servir”, explica Larissa.
Não é sobre grandiosidade, mas sobre o melhor que pode fazer
Ações grandiosas ou nobres são relativas. O propósito é mais sobre o melhor serviço que você entrega para o mundo do que o quão “grande” ele é se comparado aos de outras pessoas. Lembre-se disso antes de começar a sua jornada em busca do seu propósito e de uma vida profissional com mais significado e satisfação.
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