Durante muito tempo o QI (Quociente de Inteligência) foi visto como sinônimo de inteligência em si, o que não é verdade. Hoje em dia, a psicologia entende que existem diversos tipos de inteligência, como a inteligência emocional (IE), a habilidade de identificar, entender e gerenciar as próprias emoções.
A IE é formada por duas inteligências: a intrapessoal, de quem conhece a si mesmo, e a interpessoal, de quem conhece o outro. No mundo do trabalho, esta última tem grande importância porque a capacidade de conviver em grupo é essencial.
André Bruttin, professor do curso de psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em psicologia organizacional, explica que a IE é independente do QI, mas pode potencializá-lo. “A inteligência emocional é fundamental no mercado de trabalho. Se a pessoa tem uma genialidade muito grande em determinada área, mas tem dificuldade de se relacionar e se colocar no lugar do outro, em médio prazo, torna-se muito difícil a vida e o dia a dia no trabalho”, explica.
Confira agora cinco hábitos de pessoas com alta inteligência emocional:
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Conhecer as próprias emoções
Uma pessoa com alta inteligência emocional consegue reconhecer um sentimento quando ele aparece – se está triste, feliz ou com raiva em certos momentos, e o que a leva a esses sentimentos.
Exemplo: você pode ficar mal-humorado quando está com fome, mas, se tem consciência disso, pode tomar decisões mais acertadas, como esperar outro momento para discutir questões do trabalho que lhe estressam.
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Lidar bem com as próprias emoções
Uma vez que a pessoa sabe interpretar seus próprios sentimentos, ela pode saber lidar com eles ou não. Quem tem alto índice de IE faz isso, consegue reconhecer emoções e, a partir disso, gerenciá-las, aprendendo estratégias para melhorar seu dia a dia.
Exemplo: se você sabe que fica ansioso com apresentações em público, sempre estuda mais para se sentir mais preparado e tranquilo naquela situação.
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Manter o foco e a motivação
Um indivíduo com Inteligência Emocional coloca as próprias emoções a serviço de uma meta. Ou seja, ele pensa mais em médio e longo prazo do que alguém sem esse domínio.
Exemplo: sabe que fazer um novo curso pode não ser um plano com resultado imediato, mas consegue administrar as emoções e passar por esse período pensando nos benefícios que encontrará lá na frente.
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Reconhecer emoções nos outros
Os dois últimos hábitos ou habilidades relacionadas à IE têm a ver com as outras pessoas. Um deles é a capacidade de ouvir o outro, de ter empatia.
Exemplo: você consegue se colocar no lugar das outras, ver que suas ações e opiniões não são verdades universais e que várias formas de pensar são possíveis.
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Construir relacionamentos duradouros
Conseguir lidar com as emoções alheias também é um sinal de inteligência emocional, o que faz com que as pessoas construam laços e mantenham relações mais saudáveis.
Exemplo: você geralmente evita intrigas e, por isso, sempre acaba ganhando o respeito de quem o rodeia. Além disso, sabe conversar e negociar com seus colegas.
Leu os cinco hábitos, refletiu e acha que sua Inteligência Emocional não é tão alta assim? Não se preocupe muito com isso porque, segundo André Bruttin, a IE pode ser treinada e desenvolvida, principalmente com autoconhecimento. Ele dá algumas dicas:
- Examine o modo como você faz avaliações e toma decisões
Pergunte-se: o que eu levo em consideração na hora de avaliar uma pessoa? E um serviço? Estes critérios estão claros para mim?
- Preste atenção aos seus sentidos
Fique em estado de alerta para o “eu interior”, se perceba mais, reflita sobre suas ações.
- Entre em contato com seus sentimentos
Reflita: o que mexe comigo? O que me deixa alegre ou triste? Que tipo de atividade me empolga?
- Identifique suas intenções
Pergunte-se: quais são meus objetivos? O que pretendo com tais ações ou comportamentos? Como saberei se serei bem-sucedido nesta empreitada?
- Preste atenção em seus atos
Questione-se antes de agir: como será que o outro vai perceber esta minha atitude?
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